
Os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são formações sólidas compostas por minerais e sais que se acumulam nos rins. Quando o paciente também tem diabetes, os riscos e cuidados no tratamento aumentam. Isso porque a diabetes pode afetar o funcionamento renal, tornando o manejo dessas pedras mais desafiador, como informa a Fundação do Rim.
Neste artigo, vamos explorar a relação entre diabetes e cálculo renal, as opções de tratamento disponíveis e as melhores formas de prevenção.
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Entenda como a diabetes pode aumentar o risco de cálculos renais
A diabetes, especialmente o tipo 2, está associada a um maior risco de desenvolver cálculos renais. Isso ocorre porque a hiperglicemia pode levar a alterações na composição da urina, aumentando a excreção de cálcio e ácido úrico, dois dos principais componentes dos cálculos renais.
Além disso, pacientes com diabetes frequentemente apresentam resistência à insulina, o que pode acidificar a urina e favorecer a formação de pedras nos rins. Também é comum que esses pacientes tenham uma menor capacidade de excretar citrato, uma substância que ajuda a evitar a formação de cálculos.
Sintomas e diagnóstico do cálculo renal em diabéticos
Os sintomas do cálculo renal são semelhantes em todos os pacientes, incluindo:
- Dor intensa na região lombar ou abdominal;
- Sangue na urina;
- Náuseas e vômitos;
- Vontade frequente de urinar;
- Febre e calafrios, em casos de infecção associada.
No entanto, em diabéticos, a presença de uma infecção urinária associada pode ser ainda mais perigosa, pois o sistema imunológico destes pacientes pode estar comprometido. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia, além de exames laboratoriais para avaliar a função renal.
Como é feito o tratamento do cálculo renal em pacientes com diabetes?
Para tratar cálculos renais em diabéticos, é fundamental considerar tanto a eliminação das pedras quanto o controle da glicemia para evitar complicações. Os principais métodos de tratamento incluem:
Hidratação adequada
A ingestão de líquidos é essencial para ajudar na eliminação dos cálculos pequenos pela urina. No entanto, em diabéticos, é importante monitorar a quantidade e o tipo de líquidos ingeridos, preferindo água e evitando bebidas açucaradas que possam impactar os níveis de glicose no sangue.
Medicamentos para controle da dor e dissolução dos cálculos
Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados para aliviar a dor, mas com cautela, pois alguns medicamentos podem afetar a função renal. Em alguns casos, médicos podem prescrever medicamentos para ajudar a dissolver os cálculos, dependendo de sua composição química.
Procedimentos minimamente invasivos
Quando os cálculos são grandes ou não são eliminados naturalmente, pode ser necessário recorrer a procedimentos como:
- Litotripsia extracorpórea por ondas de choque: técnica que utiliza ondas para quebrar os cálculos em pedaços menores, facilitando sua eliminação pela urina.
- Ureteroscopia: um tubo fino é inserido pela uretra até o rim para remover ou fragmentar os cálculos.
- Nefrolitotomia percutânea: em casos mais graves, um pequeno corte é feito nas costas para remover as pedras diretamente do rim.
Controle rigoroso da diabetes
Manter a glicemia sob controle é essencial para evitar complicações renais. Isso inclui seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e tomar os medicamentos prescritos pelo especialista em rim.
Dicas essenciais para prevenir cálculos renais em diabéticos
Prevenir a formação de cálculos renais é essencial, principalmente para quem tem diabetes. Algumas medidas eficazes incluem:
- Aumentar a ingestão de água ao longo do dia;
- Reduzir o consumo de sódio, pois ele favorece a formação de cálculos;
- Evitar alimentos ricos em oxalato, como espinafre, beterraba e chocolate;
- Manter uma dieta balanceada com baixo teor de carboidratos simples;
- Controlar rigorosamente os níveis de glicemia;
- Realizar exames periódicos para monitoramento da função renal.
Pacientes com diabetes devem ter atenção redobrada em relação ao cálculo renal, pois a combinação dessas condições pode levar a complicações mais graves. O tratamento deve ser personalizado, considerando tanto a eliminação dos cálculos quanto o controle adequado da glicemia.
Consultar um especialista em rim é essencial para definir a melhor abordagem terapêutica e adotar medidas preventivas para evitar novos episódios. Com os cuidados certos, é possível reduzir os riscos e manter a saúde renal em dia.
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