A insuficiência renal avançada ocorre quando os rins perdem quase totalmente sua capacidade de filtrar o sangue. Nesta fase, conhecida como doença renal crônica estágio 5, o paciente precisa iniciar um tratamento de substituição da função renal. As principais opções são a diálise e o transplante renal.
Mas afinal, qual é a melhor escolha? A resposta depende de vários fatores, incluindo o estado de saúde do paciente, a disponibilidade de recursos e a avaliação de um nefrologista. Neste artigo, vamos explicar como funcionam a diálise e o transplante, suas vantagens, limitações e critérios que ajudam na decisão, especialmente em grandes centros como São Paulo, referência em nefrologia no Brasil.
LEIA MAIS: Hemodiálise ou HDF em SP: Qual a diferença para o tratamento?
O que é diálise
A diálise é um tratamento que substitui parcialmente a função dos rins, removendo toxinas e excesso de líquidos do sangue. Existem duas modalidades principais:
- Hemodiálise: realizada em clínicas ou hospitais, três vezes por semana, com duração média de 4 horas por sessão. O sangue do paciente passa por uma máquina que faz a filtragem.
- Diálise peritoneal: feita em casa, diariamente, por meio da cavidade abdominal. Um líquido especial é introduzido e retirado do abdômen, realizando a limpeza do sangue.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a maioria dos pacientes inicia o tratamento pela hemodiálise.
Vantagens da diálise
- Disponível de forma mais imediata, já que o transplante exige lista de espera.
- Permite controle clínico próximo, especialmente na hemodiálise em clínicas.
- Pode ser ajustada de acordo com a condição do paciente.
Limitações da diálise
- A rotina de sessões pode impactar o dia a dia e a vida profissional.
- Pode causar efeitos colaterais, como fadiga, queda de pressão e câimbras.
- Não substitui integralmente a função dos rins, exigindo cuidados contínuos com alimentação, líquidos e medicamentos.
O que é transplante renal
O transplante renal consiste na substituição do rim doente por um rim saudável, proveniente de um doador vivo compatível ou falecido. O novo órgão passa a assumir a função de filtragem do sangue.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial em transplantes realizados pelo sistema público. Em São Paulo, estão alguns dos maiores centros de transplante renal do país, com equipes experientes e estrutura avançada.
Vantagens do transplante renal
- Melhora significativa na qualidade de vida em comparação à diálise.
- Maior liberdade para o paciente, sem necessidade de sessões frequentes.
- Redução de restrições alimentares e melhor controle metabólico.
- Estudos mostram aumento da expectativa de vida em relação aos pacientes que permanecem apenas em diálise (Kidney Disease: Improving Global Outcomes – KDIGO).
Limitações do transplante renal
- Exige disponibilidade de um órgão compatível, o que pode levar meses ou anos na fila de espera.
- O paciente precisa usar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida, para evitar rejeição do rim.
- Há riscos cirúrgicos e de complicações infecciosas.
Como decidir entre diálise e transplante
A escolha entre diálise e transplante deve ser feita de forma individualizada, com base em avaliação médica. O nefrologista considera:
- Idade do paciente.
- Condições clínicas associadas (como doenças cardíacas, diabetes e infecções).
- Estilo de vida e preferências pessoais.
- Disponibilidade de doador compatível.
Em muitos casos, a diálise é o tratamento inicial até que o paciente seja incluído na fila de transplante.
A realidade em São Paulo
São Paulo concentra alguns dos principais centros de nefrologia e transplante renal do Brasil, com equipes multiprofissionais e programas de acompanhamento especializados. Para pacientes com insuficiência renal avançada, a cidade oferece estrutura completa tanto para diálise quanto para transplantes.
O acompanhamento contínuo com nefrologista é fundamental para indicar o momento ideal de iniciar o tratamento e avaliar a possibilidade de transplante.
A decisão entre diálise ou transplante renal não tem uma resposta única. Ambos os tratamentos têm papel essencial na manutenção da vida de pacientes com insuficiência renal avançada.
A diálise é fundamental para quem precisa de uma solução imediata e segura, enquanto o transplante oferece a possibilidade de maior qualidade de vida a longo prazo. Em São Paulo, a infraestrutura de saúde permite acesso a essas opções com acompanhamento especializado, garantindo ao paciente e sua família informações seguras para tomar a melhor decisão em conjunto com o médico.
Agende sua consulta agora